13 de abril de 2018

A geografia de nós dois - Jennifer E. Smith

Lucy e Owen se conhecem no elevador do prédio onde moram, durante um blecaute que atinge toda a cidade de Nova York. Ela mora no 24º andar e ele, no subsolo. Pertencem a realidades completamente diferentes. Mas isso não é obstáculo para que surja uma singela amizade entre eles.
Apesar de terem passado uma única tarde/noite juntos, um não consegue esquecer o outro e eles acabam mantendo contato de uma maneira pouco convencional: através de cartões-postais. Uma coisa só deles e tem algo a ver com o dia em que se conheceram. Por circunstâncias incomuns ambos acabam separando-se geograficamente. Ela morando em lugares diferentes na Europa, com os pais, e ele percorrendo a costa oeste dos Estados Unidos com o pai.



Descobertas, desentendimentos e expectativas permeiam essa incrível história. Tem diversas referências geográficas por conter diversos cenários diferentes, e desperta no leitor a vontade de viajar mundo a fora e conhecer novos lugares. É o tipo de romance que arranca sorrisos do rosto e nos faz devorar o livro. Se eu fosse personagem de um desenho animado sairiam coraçõezinhos da minha cabeça durante a leitura.
Gosto desses romances que parecem previsíveis, mas sem ser melosos. É o tipo de história que desperta algo de bom em quem a lê e faz a pessoa flutuar. Simplesmente amei!
Lucy é uma menina que cultiva uma solidão diferente, daquelas que faz a pessoa sentir-se confortável consigo mesma. Ela ama a cidade de Nova York, gosta de passeios culturais, como museus e galerias de arte, e os frequenta sozinha. Estuda em uma escola só para garotas e não tem amigos; mas não é daquelas esquecida e renegada pelos cantos. Apenas vive assim por que gosta.
Owen também é uma espécie de solitário. Tem dois amigos na Pensilvânia, onde morava antes, e a única pessoa que conhece em Nova York é Lucy. Ao contrário da garota, ele odeia NY e só aceitou se mudar para lá por que o pai conseguiu um emprego na cidade. No fim das contas, não tinha escolha.


Essa história me ensinou que precisamos ser leais aos nossos sentimentos e não fugir deles. Não adianta negar o que se sente, pois mais cedo ou mais tarde o sentimento fala mais alto.

“Porque é isso que acontece quando se está com alguém assim: o mundo se encolhe e toma a proporção correta. Moldando-se para comportar apenas duas pessoas, e nada mais.”

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